BRASÍLIA III - ROBERTO NASSER

Nasser, eu e o Capeta. O carro parece um anjo de tão bonito e me colocam esse nome, he, he.

Pois é, quando você for ao Museu do Automóvel de Brasília vai se deparar com uns rabiscos meus.

Onça, respeito que o felino está repousando.

Ir à Brasília foi um presente de Deus para esse simples mortal. Nos últimos tempos estou realizando aqueles sonhos simples de criança. Em 2007 pude conhecer pessoalmente de uma só vez Emerson e Wilson Fittipaldi, além de Sidney Cardoso e Ferreirinha. Tudo num fim de semana e no templo Interlagos.

Agora tive o privilégio de me encontrar com Roberto Nasser, que dispensa apresentações para os frequentadores da bagaça aqui.
Cheguei ao bunker de Herr Nasser sem avisar. Nos dias anteriores ele estivera no encontro de Araxá e foi impossível me contactar com ele. Por isso cheguei lá de supetão. Baita grosseria de minha parte.

Cheguei ao prédio do museu e logo dei de cara com um Fordinho 1928 ou 29 e um grande painel homenageando a marca e o gênio criador de Henry Ford. Totalmente didático, como deve ser um museu.

Mais alguns passos e uma senhora gentil me recebe e pede que eu espere o Nasser terminar uma ligação. E como fala o meu amigo. Devia ter muito assunto, claro, recém-chegado de um encontro nacional, tinha muito assunto. Fala baixa, calma, mas abundante.

Esperei não sei quanto tempo, mas para mim poderia demorar o quanto fosse pois a visão que eu tinha era uma maravilha. Livros e mais livros sobre automóveis, revistas aos montes, peças de carros antigos e muita memorabília espalhada cuidadosamente por mesas e prateleiras.
Um dia vou montar uma casa assim, mas acho que minha mulher vai embora...

Assim que desligou o telefone ele veio ao meu encontro e pude me apresentar descentemente.
Que vergonha, sou um cara simples mas sei quando quebro algum protocolo.
Mas tudo bem, o Nasser se revela de uma simpatía imensa e me recebe sem nenhuma reserva.
Interrompe tudo o que está fazendo e passa a me mostrar seu Édem.

Carro após carro vai desfilando a história do nosso automobilismo e muito mais. Aspectos históricos, sociais, culturais, tudo o que envolve os carros expostos no museu é permeado de história.
Que aula, meus amigos.
Fiquei tão embevecido pelo passeio que mais uma vez me esqueci das fotos.

Pude ver o Capeta, o Onça, SP2, Berlineta Interlagos, um Ford Ka série especial feita pela ford para a equipe Stewart de Formula 1, Simcas maravilhosos, a limosine Aero Willys, um lindo Cadillac 1949, Fordinhos, uma baratinha francesa dos anos 20 que foi pilotada pelo Landi e muitas outras maravilhas.

Minha viagem ao paraíso tinha prazo para terminar pois logo pegaria o avião de volta para casa, sendo impossível degustar o cafezinho que a gentil senhora havia passado a pouco.
Não pude experimentar o café, mas levei daquele lugar o raro sabor da história, servida com paixão por quem mais entende do assunto.
Meu muito obrigado ao mestre Roberto Nasser.

Comentários

Eu espero poder ir lá um dia pra ver seus "rabiscos" e conhecer o Nasser também.
Abraço
Mauricio Morais disse…
Francis você não vai se arrepender, especialmente se o Nasser estiver por lá.
Tenho certeza disso, Maurício. Se Deus quiser em breve eu consigo dar um pulinho por lá...
Abraço
gtx disse…
2m,
para agradecer a visita e registrar a satisfação de te-lo conhecido pessoalmente, depois de tanta correspondencia.
fiquei feliz que você tenha visto seus desenhos sobre simca, e ainda mais com os novos presentes, brevemente enquadrados para ilustrar os veículos expostos.
para explanar, o carrinho frances é um amilcar cgs 192 ... ( na média deve ser de 1923 e 9 meses ... )
francis, para honrar seu apelido, venha a brasília agora, no período da seca. poeira é o que não faltará.
obrigado 'a dupla. admiração, nasser